- Posted by: Karina ComDeus
- 13 de dezembro de 2019
- Categories: Notícias e Artigos
Jesus não segue os critérios humanos para seu RH
Existem diversos critérios exigidos pelos
empregadores para a contratação de um funcionário. Destacamos: experiência
profissional, línguas estrangeiras, ser comunicativo, facilidade em trabalhar
em equipe e tantas outras coisas que se encaixem a uma determinada função. De
fato, é preciso contratar bem e confiar na pessoa certa, além disso,
atualmente, a concorrência tem crescido de forma extraordinária, e isso tem
feito com que muitos desistam até mesmo de tentar.
Refletindo
um pouco sobre essa realidade, coloquei-a em paralelo ao Evangelho: Jesus tinha
critérios totalmente diferentes (desses que contemplamos acima) para a
escolha dos Seus amigos, discípulos e apóstolos. Um dos momentos em que Jesus
quebra, de forma mais direta, a lógica, encontramos no Evangelho de São Mateus 5,27:
“Depois disso, Jesus saiu e viu
um publicano chamado Levi sentado na coletoria de impostos. Disse-lhe:
Segue-Me. Deixando tudo, levantou-se e seguiu-O”.
No versículo
31, quando questionado por andar, comer e beber com pecadores, Ele deixa claro
quais são os Seus critérios: “Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas
as doentes. Não é a justos que vim chamar à conversão, mas a pecadores”.

Jesus não
segue os critérios humanos, quando se trata de acolher os outros, e nos leva a
refletir quais critérios temos tido com os que estão à nossa volta
Não quero combater os critérios
utilizados no meio empregatício, e sim convidar você a confrontar o Evangelho com a sua vida. Como eu e você temos nos
relacionado com as pessoas do nosso dia a dia? Quais os critérios que utilizo
no meu “RH pessoal”?
Os homens chamados de
“publicanos”, que aparecem no Novo Testamento, são
especialmente esses coletores subordinados aos contratadores e, por isso,
geralmente eram nativos da própria região. Assim como os publicanos romanos,
esses subcoletores também tinham fama de praticarem extorsões e serem avarentos
e egoístas. Junto a isso, desde a antiguidade, as pessoas nunca gostaram de
pagar impostos, o que sempre culminou num certo preconceito por quem era
responsável pela tarefa da cobrança.
Portanto, a classe dos
publicanos, no Novo Testamento, era extremamente odiada pelos judeus, pois além
dessa má fama, ela também era considerada traidora de seu próprio povo ao
servirem voluntariamente seus opressores, nesse caso, servirem aos romanos.
Hoje, na sua vida, quem são os publicanos? Quem são as pessoas que estão todos
os dias sentadas na coletoria de impostos? Na Palavra, vemos que Jesus
viu Levi e depois o chamou. Eis o grande desafio para hoje: ver o outro.
Jesus
trazia consigo, por onde passava, um olhar além das aparências; um olhar que
ressuscita e devolve a esperança àqueles que já não acreditam mais que algo
possa mudar.
Precisamos ter uma postura diferente hoje. Postura essa que não
significa ser indiferente aos pecados cometidos pelas pessoas como Levi ou
diante das circunstancias da sociedade atual, mas sim cultivar, no coração, e
espalhar por meio dos sentidos: a esperança.
Como combater a
desesperança?
Primeiro, precisamos cultivar
dentro de nós a esperança de que algo pode mudar em nós mesmos. Não importam as
dificuldades que travamos hoje, precisamos, acima de tudo, nos confrontar com a
nossa verdade e assumir o “como estou’’ em busca de quem realmente sou chamado
a ser. Com isso, enraizados na certeza de que Jesus vem ao nosso
encontro porque somos pecadores, nos colocamos à disposição para fazer o mesmo
por aqueles que, diante dos desafios da vida, necessitam de acolhida e de uma
palavra que os devolva à vida.
Após o chamado de Levi, Jesus foi convidado pelo
mesmo para jantar em sua casa. A mesa para o judeu significa intimidade,
amizade, família. Jesus passou a ser “de casa” a partir daquele momento. É na
intimidade que podemos, verdadeiramente, conhecer a alguém. Assim como Jesus,
podemos, no dia de hoje, fazer uma experiência nova ultrapassando nossos
critérios e preconceitos, tendo a coragem de investir com fé naquele que considero “diferente”.
Sejamos imitadores do Cristo, e saiamos pelas
periferias chamando e acolhendo os “Levis” deste mundo. Sejamos ousados!
Trabalhemos no RH de Jesus, com os critérios que Ele (e somente Ele) pode nos
ensinar. Amor se paga com amor, como dizia São João da Cruz.
Fonte: Cação Nova