Reflexão Domingo de Ramos da Paixão do Senhor – Ano C – 2016
Estamos iniciando a maior semana do tempo litúrgico e para nós, Católicos, é a maior semana do ano. Uma semana ímpar, onde celebramos a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. É o momento forte de comunhão com as dores de Cristo, com Seu sacrifício, pela sua entrega na cruz para a nossa salvação. Haverá amor maior que este? Um Deus que se encarna assumindo nossa natureza, se rebaixando ao nível do homem pecador para que pudesse, a partir de sua condição de condenado à morte eterna, poder resgatá-lo para a vida divina em uma eternidade feliz. “Ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz”. Em Jesus vemos a imensidão do Amor do Pai, este amor tão imenso que se torna incompreensível! Por mais que conheçamos Seu amor, Ele é maior que tudo o que possamos usar para defini-lo.
Assim, Jesus se torna o SENHOR, o Rei do Universo, pois readquiriu, com seu sangue, o que nossos primeiros pais venderam ao Demônio pela posse da ciência do mal. “Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra”. Desta forma até os demônios se dobram ao nome de Jesus. E cada um de nós, se não dobrarmos o joelho diante do nome de Jesus aqui na terra, nem que seja no inferno, dobraremos os joelhos.
No relato da Paixão e Morte de Jesus vemos inúmeros acontecimentos, desde a última ceia até o seu sepultamento. São imagens e revelações surpreendentes! Certamente que são do conhecimento de todos, mas sempre que lemos este relato sentimos as emoções de cada passo desta cruel situação. Desde a última Ceia, onde Jesus institui o sacerdócio Católico com a instituição da Eucaristia, passando pela angústia no Jardim das Oliveiras, onde Lucas faz questão de ressaltar (e somente Lucas faz esta observação) que em Sua angústia suou sangue, o que conforme a medicina é de uma dor insuportável. Passa pelo julgamento que na verdade não havia motivo para condenação, mas Jesus lhes dá o motivo: “Eu sou Rei”, isto foi o suficiente para eles quererem eliminá-lo. Mas essa condenação não poderia ser pelas mãos dos Judeus, assim eles forçaram Cesar para que o condenasse, e este passou por uma experiência com Jesus em que queria libertá-lo. Até que chega sua condenação e depois o sepultamento.
Olhando para todo esse episódio, vergonhoso para os homens que se afastaram do bem e se vestiram do mal, e de outro lado quão grande amor o Senhor se dedicou por nós, nos leva a refletir se nossa vida, nossa conduta, nosso modo de viver, de dirigir nossa vida está conforme a salvação que Cristo conquistou na Cruz. Muitas vezes vemos e admiramos as coisas de Cristo, mas em nossa conduta não refletimos esse amor e fica algo vago. Somos Católicos, estamos professando uma fé, mas nosso testemunho está mais voltado às coisas do mundo que do Céu. Muitas vezes nos preparamos para enfrentar as exigências da vida, mas não nos importamos com a preparação para entrar no Céu, e neste sentido a morte de Cristo foi em vão.
Vamos acordar, sacudir a poeira da preguiça espiritual, da negligência, do desprezo a Cristo e nos colocar de prontidão na busca da experiência de amor com um Deus apaixonado por nós.
Tenhamos, todos, uma santa Semana Santa.
Antonio ComDeus
Domingo de Ramos da Paixão do Senhor Quaresma
1ª Leitura – Is 50,4-7
Não desviei meu rosto das bofetadas e
cusparadas; sei que não serei humilhado.
Salmo – Sl 21,8-9.17-18a.19-20.23-24 (R.2a)
R. Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
2ª Leitura – Fl 2,6-11
Humilhou-se a si mesmo; por isso,
Deus o exaltou acima de tudo.
Evangelho – Lc 22,14-23,56
Desejei ardentemente comer convosco
esta ceia pascal, antes de sofrer.