Reflexão 3º Domingo Quaresma – Ano C – 2016

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“O ‘Eu sou’ enviou-me a vós”. Moisés teve um encontro pessoal com Deus e recebeu uma missão de libertar seu povo. Mas neste encontro Deus dá um passo na revelação e desvenda seu nome: “Eu Sou”. Importante vermos que a revelação iniciou em Abraão, onde Deus revelou que Ele era “um”, o Deus verdadeiro e todo poderoso, criador de todas as coisas. Seiscentos anos depois Deus revela seu nome. Agora Deus torna-se pessoal, com uma identidade da qual nos dá a graça de uma relação pessoal. – Dizer o nome a alguém é propor uma relação de amizade – Moisés teve este encontro com Deus e sua vida mudou radicalmente, de pastor de rebanho passou a ser libertador de um povo. Daqui podemos nos colocar no lugar de Moisés. Quando e como foi seu encontro com Deus? Qual a revelação que Ele fez em sua vida? Qual a missão que Ele te deu? Qual foi o chamado ou a vocação que o Senhor lhe investiu? Bem! Será muito triste se você disser que nada disso aconteceu em sua vida.

Você poderá dizer: Mas como assim? Sou Católico desde que nasci e nunca Deus falou comigo. Então está faltando oração em sua vida. Moisés, ao subir a montanha, já é a busca de algo novo e neste retiro pessoal teve este encontro. Assim também deve acontecer conosco, nos retirarmos, talvez dentro de sua própria casa. Cultivar momentos de oração pessoal para que Deus possa falar em nosso coração. Neste mundo existe muita interferência – TV, celular, carro, shopping… Muitas distrações que nos impedem de ouvir a Deus.

Mesmo Deus fazendo maravilhas para o povo de Israel eles desagradaram a Deus, é o que vemos na segunda leitura. “Não murmureis”. É o pecado cometido pelo povo no deserto, reclamavam de tudo, nada estava bom, sempre levantavam questões para culpar Moisés por estarem ali, e Deus sempre socorrendo, mas o povo não tinha medidas e tudo era pouco. Será que somos assim? Não nos contentamos com nada e sempre estamos chorando atrás de Deus pedindo, pedindo, pedindo… Se acharmos que Deus tem o dever de resolver nossos problemas estamos enganados, Ele nos dá graças em curas, milagres, por que Ele nos ama e não porque tem obrigação de fazê-lo.

No Evangelho Jesus deixa claro que as causalidades da vida nada têm a ver com nossos pecados. São situações que simplesmente acontecem, ou por problemas naturais ou pela maldade de alguém, mas não por castigo de Deus. Muitas vezes dissemos: Deus quis assim? Chegou a hora? Não! Estamos no mundo, interagimos uns com outros e nos relacionamos, assim, muitas vezes o erro de uns tira a vida de outros. Mas isto não é o mais importante, o grande e maior problema é a condenação eterna.

Por isso que a figueira, do Evangelho, que não dá fruto e que o dono queria cortar encontrou o vinhateiro que intercedeu para tentar recuperar a figueira. Este é Jesus que sempre intercede ao Pai para a nossa salvação. “Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e colocar adubo. Pode ser que venha a dar fruto. Se não der, então tu a cortarás”. Estamos em tempo de quaresma, tempo de conversão e mudança de vida. Vamos acordar de nossa vida de cristãos preguiçosos e colocar a mão o arado sem olhar pra trás. Deixemos a vida velha e vistamos a armadura da luz. Como filhos de Deus andemos decentemente.

Antonio ComDeus

 

3º Domingo Quaresma

1ª Leitura – Ex 3,1-8a.13-15

O ‘Eu sou’ enviou-me a vós.

Salmo – Sl 102,1-2.3-4.6-7.8-11 (R.8a)

R. O Senhor é bondoso e compassivo.


2ª Leitura – 1Cor 10,1-6.10.12

foi escrita para ser exemplo para nós.
ireis morrer todos do mesmo modo.

A vida do povo com Moisés no deserto

 

Evangelho – Lc 13,1-9

Se vós não vos converterdes,

ireis morrer todos do mesmo modo.