Estamos celebrando a Ascensão do Senhor e vivendo o fim de sua vida neste mundo. Como Deus que assumiu nossa natureza humana e viveu em nosso meio, nos ensinou tudo o que o Pai lhe mandou, realizou a remissão de nossos pecados e nos deu uma vida nova com sua Ressurreição, agora volta para junto do Pai e recebe a glória que sempre teve e que aniquilou dela para estar junto conosco em nossa humanidade. Toda vida de Cristo é mistério, é mistério de recapitulação, onde recapitulou toda a vida humana fazendo novas todas as etapas de nossa vida. Em Cristo temos uma vida nova, pois tudo fez novo para que pudéssemos ter uma vida nova.

Agora vemos sua subida aos Céus. Jesus desceu dos Céus como o Verbo de Deus e agora sobe como Homem verdadeiro e Deus verdadeiro. Jesus ao realizar sua obra nos retirou da perdição eterna e nos colocou ao lado direito do Pai, agora temos um de nossa raça humana na glória e com a mesma autoridade do Pai por isso ele está sentado à direita – com o mesmo poder e a mesma divindade – Assim nossa natureza humana recebeu uma dignidade que jamais poderíamos imaginar e que nunca teríamos mérito para tal ascensão, somente o Amor de Deus poderia nos ter colocado em tal posição. 

Neste Tempo Pascal, refletimos sobre os Atos dos Apóstolos na Igreja nascente e hoje vemos o papel do Diácono Filipe que é enviado pelo Espírito a sair a evangelizar pelos povoados das redondezas da Palestina. Interessante percebermos que Filipe prega a Palavra de Deus leva as pessoas a uma conversão ao ponto de desejarem o Batismo, mas sua pregação ainda não está completa, pois não acontece um derramamento do Espírito como em Pentecostes somente com a chegada de Pedro e João que percebem o ocorrido e ministra aos convertidos à efusão do Espírito Santo. Bem! Dai, temos que perceber, que uma coisa é receber o Sacramento do Batismo e outra é receber a efusão do Espírito. Certamente que neste ocorrido a Igreja vê (também) o fundamento para o Sacramento da Crisma, mas observamos que houve um derramamento como no dia de Pentecostes, assim percebemos que mesmo para os já crismados ainda falta esta efusão. Cabe a nós na Igreja proporcionarmos isto aos Batizados. 

Estamos no tempo Pascal e refletimos sobre os acontecimentos da nova comunidade nascente com as peripécias do Espírito que vai edificando a Igreja e formando a comunidade dos Filhos de Deus, os que foram chamados a viver a vida nova em Cristo. Neste sentido vemos a primeira comunidade cristã, em seu inicio, com alguns problemas que precisam ser solucionados. Diante destas necessidades os Apóstolos constituem o Diaconato na Igreja. É importante refletirmos nestas situações do inicio da Igreja. Muitos dizem que foi “os homens” que criaram a Igreja hierárquica como forma de dominação e outras tantas coisas que dizem de nossa Igreja fundada por Jesus. Olhando para as Cartas do Novo testamento, vemos que a Igreja nascente vai se organizando e conforme vão aparecendo as necessidades vão instituindo homens que possam continuar a obra de evangelização, nesta Igreja que não para de crescer.

Estamos no tempo pascal refletindo sobre tudo o que Cristo conquistou para nós na Cruz e na Ressurreição e neste tempo somos chamados a vivenciar com mais ardor a nossa fé e desfrutar as maravilhas do Senhor em nossa vida e em nossa Igreja.

Ele é o Bom Pastor e isso é fato. Não há dúvida para aqueles que passaram pela experiência com o ressuscitado, o problema está nas ovelhas. No discurso de Pedro no dia de Pentecostes nos mostra muito bem a condição para sermos ovelhas deste redil. Diante da pregação de Pedro o povo questiona: “Irmãos, o que devemos fazer?” Pedro respondeu: ‘Convertei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para o perdão dos vossos pecados. E vós recebereis o dom do Espírito Santo. Nesta palavra de Pedro existe a condição para ser ovelha: Arrepender-se; ser Batizado; receber o dom do Espírito Santo. 

Estamos no tempo Pascal e com ele refletimos sobre os acontecimentos do Cristo Ressuscitado. Que alegria passarmos este tempo degustando a Palavra que nos mostra onde colocamos nossa fé. Já na primeira leitura vemos Pedro, impulsionado pelo Espírito Santo, proclamando o Cristo, que foi morto pelos chefes de Israel e que foi anunciado pelo Profeta/Rei Davi. Importante vermos que a primeira comunidade Cristã certifica quem é Jesus e toda sua missão apoiados no Antigo Testamento, pois o Pai tudo revelou sobre o filho durante toda a história do povo eleito. De outro lado vemos o que representa a experiência com o Ressuscitado, pois à partir desta experiência Pedro e os Apóstolos, que estavam escondidos por medo dos Judeus, se colocam com todo destemor, com muita ousadia (Paresia em grego) a anunciar o Evangelho ao ponto de ser martirizado em nome de Jesus.