Reflexão 26º Domingo do Tempo Comum 2013

Na primeira leitura vemos Amós, um profeta, que trás ao povo palavras fortes em vista de suas ações pecaminosas. Ele profetiza no reino do Norte – Reino de Israel – Este reino está vivendo tempo de abundância e fazendo mais pobres pelas ações dos ricos, eles criaram vários templos o que era contrária a vontade de Deus e colocaram ídolos para ser adorado, Amós chama os poucos que ficaram fiéis ao Deus verdadeiro de “O Resto de José”. Em sua profecia fala sobre o castigo que receberão estes idólatras, o que aconteceu pouco tempo depois, com a invasão da Assíria e a destruição do povo do norte – Israel.
Olhando para esse fato devemos perguntar quais os ídolos que estão em nossas vidas e que tomam o lugar de Deus? Será que lutamos mais para “ganhar” a vida na aquisição dos bens? Será que lutamos em nosso dia, mais pelos bens materiais que os espirituais? Será que tratamos Deus como àquele que nos serve em nossas necessidades e não importamos de ser um com Ele no amor?
São Paulo nos coloca: “Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna”. Que combate nós estamos travando com nossos pecados, com nossos limites de amar o próximo? Muitas vezes nossas vidas estão mais cheias de ídolos que imaginamos, um deles é a si mesmo. Veja nosso Corpo. Estamos no tempo da idolatria do corpo, é academia, remédios, alimentos balanceados, energéticos… Tudo em prol do “culto do corpo”. E assim podemos ver: atores, cantores, místicos e principalmente o Dinheiro, não tem nada no mundo que seja mais idolatrado que o dinheiro ao ponto de Jesus dizer: “Não se pode servir a Deus e ao dinheiro”. Por isso Paulo fala a Timóteo e agora a nós: “guarda o teu mandato íntegro e sem mancha até à manifestação gloriosa de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Assim vemos no Evangelho uma parábola com muitas verdades proclamada pelo Senhor. Primeiramente é um rico soberbo e idolatra do dinheiro e um pobre que sofre na miséria sem a compaixão dos que poderia ajudá-lo. Mas com a morte cada um segue imediatamente seu caminho de sorte. Importante imediatamente após a morte já se tem um julgamento, pois a família do rico ainda está na terra, então temos um juízo particular, o juízo final vem em outra ocasião. Lázaro está no coração de Abraão, por que Jesus ainda não salvou a humanidade e os bons ainda não podem entrar no reino dos Céus e estão na “mansão dos mortos”, ao passo que o rico já está em sua morada final, local de sofrimento eterno. Nesta condição em que se encontram – Lázaro no seio de Abraão e o rico no inferno – um pode ver o outro e o rico vê a felicidade de Lázaro, mesmo que ainda não esteja no Céu, e deseja um pouco de refrigério, mas isto é impossível: “há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós”. Então o rico pede que Lázaro vá até a sua família, aparentemente, parece que o rico ficou bonzinho, mas na verdade ele quer evitar mais sofrimento, pois se algum de sua família viesse para o lugar em que se encontra iria odiá-lo ainda mais e seu sofrimento seria maior. A resposta de Abraão é muito importante: “Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!… Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos”. Aos que estão na terra tem a Igreja e a Palavra do Senhor, ai está nosso caminho de vida eterna, sigamos sem parar e sem duvidar.
O Senhor é tudo para nós. Combata um bom combate não deixe o tempo passar e ficar olhando para os ídolos deste mundo. Conquiste o Céu, lute dia e noite sem parar. Somente quem chegar ao final, perseverando, será salvo.
26º DOMINGO Tempo Comum
1ª Leitura – Am 6,1a.4-7
Agora o bando dos gozadores será desfeito.
Salmo – Sl 145,7.8-9a.9bc-10 (R.1)
R. Bendize, minh’ alma, bendize ao Senhor!
2ª Leitura – 1Tm 6,11-16
Guarda o teu mandato até à manifestação gloriosa do Senhor.
Evangelho – Lc 16,19-31
Tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro os males; agora ele encontra aqui consolo e tu és atormentado.