Reflexão 4º Domingo Tempo Comum – Ano C – 2016
Estamos neste breve período do tempo comum onde meditamos sobre os feitos de Jesus em seu inicio de ministério. Este primeiro período é bem curto e vai da Epifania até a quarta-feira de cinzas. Neste final de semana somos convidados a refletir sobre Jesus em sua pátria, a cidadezinha de Nazaré. Jesus vai à Sinagoga e faz uma revelação onde confirma uma profecia do Antigo Testamento, e com isso é incompreendido e rejeitado e aproveita o momento para fazer outra declaração: “o Profeta não é aceito em sua pátria”. Neste sentido, Jesus se coloca como Profeta, título que dá a si mesmo e não foi dado pelo sinédrio, pelos anciãos, o que também causa revolta. Jesus desta forma provoca as autoridades, o que causa a reação de quererem linchá-lo.
Mas é importante percebermos, a partir da primeira leitura, que é Deus que escolhe seus eleitos e os envia e eles serão sempre causa de contradição entre os padrões criados pelos homens. Mas o poder de Deus estará com eles e agirão com esse poder, ao ponto de: “Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho”. A obra é Deus quem faz e da forma que achar melhor. Na verdade Deus procura um coração aberto para fazer um santo. Quem faz o santo é Deus, mas quem dá o coração é o homem. Ele nunca desiste!
Veja, no caso de Elias e Eliseu, que Ele procurou um coração aberto para que Deus pudesse manifestar sua glória no meio dos homens e foi achar pessoas estrangeiras que nem faziam parte daqueles que detinham a revelação e nem eram do povo escolhido.
Deus não faz acepção de pessoas. Ele ama a todos e deseja santificar a todos. Veja o poder de nossa liberdade, podemos rejeitar a Deus que é Todo Poderoso e nos fechar no egoísmo, orgulho… E nos acharmos poderosos como um deus. Certamente as consequências serão desastrosas, pois viemos de Deus e só seremos felizes se a Ele voltarmos, mas de forma livre, por uma opção livre e radical.
Assim podemos analisar nossa conduta: Estamos rejeitando as profecias de Jesus? Estamos aderindo à sua proposta de vida? Estamos permitindo que faça em nossa vida seu projeto de amor e santidade? Muitas vezes nos apegamos tanto às coisas deste mundo que até parece que não temos fé. Fazemos tudo como se o agora fosse eterno e o eterno uma utopia. Parece que nem nos damos conta de que este mundo é de passagem e que ao final desta vida entraremos definitivamente na eternidade. Vejo também que nem temos noção de eternidade, parece que é algo incompreensível e absurdo. Mas a nossa fé, naquilo que Jesus revelou, diz que é o prêmio para os que aceitarem sua pessoa e viverem como Ele, e é por toda eternidade. Se isso é assim, onde estamos colocando nossas aspirações, objetivos, ideais? Onde estamos colocando nosso trabalho? Afinal, que deus é esse que temos em nosso coração?
Precisamos urgente de uma experiência pessoal com Jesus, para que o Espírito Santo confirme em nós o chamado de vida que Deus preparou para cada um. Deixemos de ficar zanzando pela vida com suas atrações mirabolantes, buscando o brilho de uma luz que nunca se acende e vendo o tempo passar sem saber o que se dará ao final desta estrada e nos apeguemos na pessoa de Jesus que, não só dará sentido à nossa existência, como visão da glória da chegada.
Vem Senhor Jesus! Maranatha!
Antonio ComDeus
4º DOMINGO Tempo Comum
1ª Leitura – Jr 1,4-5.17-19
Eu te consagrei e te fiz profeta das nações.
Salmo – Sl 70,1-2.3-4a.5-6ab.15ab.17 (R.15ab)
R.Minha boca anunciará todos os dias, vossas graças incontáveis, ó Senhor.
2ª Leitura – 1Cor 12,31-13,13
Permanecem a fé, a esperança e a caridade. Mas a maior delas é a caridade.
Evangelho – Lc 4,21-30
Jesus, assim como Elias e Eliseu, não é enviado só aos judeus.